“Mães de Maio pedem a Maria do Rosário que
trabalhe para evitar o agravamento da situação no estado; ministra cobra apoio
para dar fim aos 'autos de resistência'
Júlia Rabahie, Rede Brasil Atual
O movimento Mães de Maio, que atua contra a
violação aos direitos humanos, cobrou do governo federal uma postura mais ativa
para evitar que continue se agravando o quadro de violência policial em São Paulo. “Encaminhamos
um pedido de intervenção, de maior atitude por parte da esfera federal na
questão das mortes que estão ocorrendo toda semana na Grande São Paulo”,
explica Danilo Dara, integrante do grupo, ao traçar um balanço da reunião
realizada na última quinta-feira (11) em Brasília.
Em audiência com a ministra Maria do
Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH),
os representantes do movimento apresentaram um balanço do quadro atual de
violações na Baixada Santista e na Grande São Paulo. O aumento no número de
execuções cometidas por policiais é atribuído a uma guerra entre grupos
organizados e a corporação pública. A ministra foi convidada a visitar a região
de Santos, no litoral do estado, para averiguar pessoalmente os crimes
cometidos nos últimos anos.
Durante a audiência, os integrantes do
movimento pediram ainda que sejam investigados os crimes cometidos em maio de
2006, quando uma contraofensiva policial executou dezenas de pessoas, entre as
quais vários inocentes, de acordo com entidades que atuam na defesa dos
direitos humanos. Para o coletivo Mães de Maio, a situação crítica dos últimos
meses reflete a continuidade daquele problema, o que abre também a necessidade
de debater a desmilitarização das polícias no Brasil. O grupo quer a
federalização da apuração e do julgamento dos casos por considerar que o
Ministério Público Federal poderia trabalhar com mais independência na hora de
investigar os crimes.”
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